O impacto da atividade física na saúde e qualidade de vida de idosos em lares de longa permanência

Resumo

A qualidade de vida no idoso é considerada como a capacidade de autonomia do idoso em ser protagonista do seu processo de envelhecimento, de modo que a autoestima e o bem-estar estejam em evidência. Dessa forma, um bom funcionamento cognitivo, um estado psicológico e emocional saudável, um nível socioeconômico que o faça se sentir seguro, o sentimento de pertencimento familiar e a capacidade funcional estão relacionados à qualidade de vida. A saber disso, a realização de atividades físicas deve ser orientada para esse público, pois é indispensável no aumento e na manutenção da sua qualidade de vida. Diante do cenário global de envelhecimento populacional, os lares de longa permanência para idosos emergem como instituições fundamentais para proporcionar cuidados especializados a uma parcela significativa da sociedade que enfrenta desafios relacionados à saúde e autonomia. Portanto, o objetivo central deste artigo é explorar os impactos da prática da atividade física na saúde e qualidade de vida de idosos residentes em lares de longa permanência, abordando questões como viabilidade, benefícios e desafios dessas práticas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cuja pesquisa foi realizada nas bases de dados da BVS, PubMed e SciELO, utilizando os seguintes descritores: “Idoso”, “Exercício Físico” e “Instituição de Longa Permanência para Idosos”, em conjunto com operador booleano “AND”, buscando artigos publicados em inglês, português ou espanhol, nos últimos 5 anos. Após a análise final, 12 artigos foram escolhidos para comporem a amostra deste trabalho. Os resultados evidenciam que a implementação de programas de exercícios, em suas muitas modalidades, desempenha um papel crucial na promoção da saúde, melhoria da autonomia funcional, promoção do bem-estar e melhoria da qualidade de vida de idosos em lares de longa permanência. No entanto, é imperativo reconhecer que a aceitação e adesão dessas práticas são influenciadas por fatores comportamentais e psicológicos. A inclusão de estratégias motivacionais, a adaptação contínua dos exercícios e a avaliação constante da eficácia são cruciais para superar desafios como a apatia e garantir uma participação consistente ao longo do tempo. Mais estudos são necessários com o intuito de criar novas estratégias e programas de exercícios não apenas eficazes na promoção de saúde e qualidade de vida para idosos institucionalizados, mas que obtenham uma boa adesão por parte deles.  .