Aplicação da interdisciplinaridade no serviço de saúde: limites e fragilidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v12i1.8

Palavras-chave:

Interdisciplinaridade. Serviços de saúde. Prática interdisciplinar. Dificuldades.

Resumo

Introdução: A interdisciplinaridade é compreendida pela interação de várias disciplinas dentro de um mesmo projeto. No contexto da saúde a interdisciplinaridade permite uma ação comum, horizontalizando diferentes formas de saberes e práticas que devem se integrar para a promoção da saúde. Diante a complexidade existente no processo saúde/doença os espaços de saúde demandam profissionais dispostos a promover o trabalho interdisciplinar visando à melhoria na assistência prestada aos usuários e aos serviços de saúde. Entretanto, estudos assentam que tal prática nem sempre acontece na realidade de muitos serviços, pois geralmente as equipes se confrontam com diversos enfrentamentos que dificultam a concretização do trabalho interdisciplinar. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo identificar as fragilidades e as limitações da prática interdisciplinar que permeiam o âmbito dos serviços de saúde. Métodos: Metodologicamente esse estudo é uma revisão de literatura, onde foram utilizadas como base de dados, livros, dissertações e artigos científicos coletados nas plataformas digitais SciELO e LILACS. Para garantir a qualidade do trabalho foram usados materiais que traz aproximação com o tema, sendo descartados materiais em língua estrangeira, bem como artigos pagos, duplicados e artigos de jornais sem caráter científico. Resultados e discussão: São vários os desafios enfrentados no campo da saúde e que rebatem de forma brusca sobre a prática interdisciplinar, tais fragilidades apontam para aumento da terceirização da força de trabalho com vínculos temporários e precários e a diminuição do espaço para uma reflexão crítica e gestão participativa. Outra fragilidade identificada é a falta de entendimento sobre o conceito interdisciplinar, pois se observou que profissionais da saúde ainda necessitam de uma aproximação teórica conceitual acerca da interdisciplinaridade e como operacionalizá-la. Além disso, os resultados obtidos também revelam a predominância da assistência biologicista, curativista e fragmentada adotada ainda em muitos ambientes de trabalho. Outro fator identificado faz críticas ao modelo formativo vigente nos cursos de graduação, principalmente os da área da saúde, onde os discentes acabam não tendo conhecimento e nem vivenciando a interdisciplinaridade, sendo que esse fator acaba refletindo no agir profissional. Para que a prática integrada aconteça, torna-se essencial, além da formação acadêmica voltada para a interdisciplinaridade é fundamental uma capacitação permanente, nesse sentido destaca-se a Educação Permanente em Saúde (EPS). Considerações Finais: Observaram-se nos estudos levantados que são muitas as dificuldades para se trabalhar numa perspectiva integradora de vários saberes, pois se fazem necessários os vários olhares dos profissionais, inclusive para atender ao que prever o Sistema Único de Saúde (SUS), ao indicar a integralidade como um dos pilares de suporte da atenção à saúde. Em suma, para que a interdisciplinaridade se concretize é categórica a quebra de barreiras no trabalho interdisciplinar para uma ação recíproca, reformulação de práticas, bem como, levar em consideração a saúde e o bem-estar da população atendida.

Biografia do Autor

Geisa Kelly Alexandre Soares , CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS – UNIFIP

Especialista em Saúde Pública pelo Centro Universitário de Patos – UNIFIP (2020). Assistente Social- UNIFIP (2018)

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Publicado

2021-07-14

Como Citar

Pereira de Sousa, A., & Alexandre Soares , G. K. . (2021). Aplicação da interdisciplinaridade no serviço de saúde: limites e fragilidades. Revista Coopex., 12(1), 1–16. https://doi.org/10.61223/coopex.v12i1.8

Edição

Seção

Artigos