Repercussões da Terapia Antimicrobiana na Sepse Neonatal

Repercussions of Antimicrobial Therapy in Neonatal Sepsis

Autores

  • Sayra Vitoriano Maciel Braga UNIFSM
  • Matheus Mendes Dias
  • Layla Emily Antunes Torres
  • Camila Cristina Pereira Leitão
  • Giovanna Calderaro Coimbra Monteiro Azevedo
  • Aline França Nunes
  • Ana Paula Nascimento de Santana
  • Gabrielly Lima Marques de Melo
  • Anna Izabel Ferreira de Araújo
  • Thaíse Brasileiro Sarmento

Palavras-chave:

Antibióticos, Manejo Inadequado, Sepse Neonatal

Resumo

Introdução: A sepse neonatal é uma condição grave, a qual inclui a terapia antimicrobiana em sua conduta. No entanto, a utilização de antibióticos de largo espectro e de forma prolongada pode acarretar em prejuízos para as crianças e para o ambiente hospitalar. Sendo assim, é necessário que os profissionais de saúde estejam atentos ao manejo adequado e às repercussões negativas dessa prática. Objetivo: Analisar a importância da terapia antimicrobiana adequada na conduta terapêutica da sepse neonatal. Método: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, entre os meses janeiro e fevereiro do ano de 2024, utilizando os descritores “Antibiotics”, “Neonatal Sepsis” e "Inappropriate Management”, através das bases de dados PubMed, SciELO e BVS. Serão incluídos artigos publicados nos

últimos 8 anos, em inglês, em português e em espanhol, e excluídas teses, dissertações, cartas ao editor e textos incompletos. Resultados e Discussões: Os antibióticos são os medicamentos mais utilizados para o manejo do tratamento e da prevenção de sepse neonatal, e seu uso irracional pode promover complicações a curto e a longo prazo. Além disso, algumas pesquisas afirmaram que o uso inadequado de antibióticos, pode não só selecionar genes resistentes, como também alterar a microbiota intestinal durante toda a vida do paciente.  Outros estudos analisaram a duração média de antibiótico que era utilizado durante o manejo de pacientes em UCINs com suspeita de sepse, e evidenciaram que o tempo de terapia era excedido em todos, mesmo quando o neonato apresentava clínica favorável e exames laboratoriais sem alterações, conduta que torna favorável o desenvolvimento de resistência bacteriana. Portanto, visando combater o aumento da resistência bacteriana, algumas UCINs elaboraram e implantaram protocolos de política antimicrobiana, por meio de medidas educativas, padronizadas, e de interação multiprofissional. Estudos comparativos observaram que após a implementação de tais diretrizes houve redução do uso de antibióticos de amplo espectro, dos dias de terapia e de internação. Considerações finais: As pesquisas demonstraram que o tratamento e a prevenção da sepse neonatal podem ser bem conduzidos, se houver a instalação de diretrizes em cada unidade. Dessa forma, é possível manejar corretamente os dias de tratamento com antibioticoterapia e, concomitantemente, prevenir complicações para o pacientes e reduzir os riscos de resistência bacteriana.

Referências

AGARWAL, S. et al. Antibiotic Stewardship In A Tertiary Care Nicu Of Northern India: A Quality Improvement Initiative. Bmj Open Quality, 10(Suppl 1), E001470, 2021.

ALMEIDA, I. D. Metodologia do trabalho científico. Recife: Ed. UFPE, 2021.

CANTEY, JB. Otimizando o uso de Agentes Antibacterianos no Período Neonatal. Pediatr Drugs 18 , 109–122, 2016.

CARTLEDGE, P. T. et al. Antibiotic Prescribing Practices In Three Neonatology Units In Kigali, Rwanda - An Observational Study. African Health Sciences, 20(4), 1646–1654, 2020.

CAVALCANTE, L. T. C.; OLIVEIRA, A. A. S. Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicologia em Revista, 26(1), 83-102, 2020.

COTTEN, C. M. Antibiotic Stewardship: Reassessment Of Guidelines For Management Of Neonatal Sepsis. Clinics In Perinatology, 42(1), 195–X, 2015.

DE LUCA, M. et al. Antibiotic Prescriptions and Prophylaxis in Italian Children. Is It Time to Change? Data from the ARPEC Project. PloS one, 11(5), e0154662, 2016.

HAMDY, R. F. et al. Reducing Vancomycin Use In A Level Iv Nicu. Pediatrics, 146(2), E20192963, 2020.

HAUGE, C., et al. Até 89% dos neonatos receberam antibióticos em estudo transversal indiano, incluindo aqueles sem infecções e pouco claros diagnósticos. Acta Paediatr, 106: 1674-1683, 2017.

JINKA, D. R. et al. Impact Of Antibiotic Policy On Antibiotic Consumption In A Neonatal Intensive Care Unit In India. Indian Pediatrics, 54(9), 739–741, 2017.

KATZ, S.; BANERJEE, R.; SCHWENK, H. Antibiotic Stewardship For The Neonatologist And Perinatologist. Clinics In Perinatology, 48(2), 379–391, 2021.

MAKRI, V. et al. Managing Antibiotics Wisely: A Quality Improvement Programme In A Tertiary Neonatal Unit In The Uk. Bmj Open Quality, 7(2), E000285, 2018.

MATRAT, L. et al. Increasing use of linezolid in a tertiary NICU during a 10-year period: reasons and concerns for the future. Antimicrobial resistance and infection control, 9(1), 156, 2020.

MOHER, D. et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. PLoS Medicine, 6(7), 1–6, 2009.

OSOWICKI, J. et al. Australia-Wide Point Prevalence Survey Of Antimicrobial Prescribing In Neonatal Units: How Much And How Good?. The Pediatric Infectious Disease Journal, 34(8), E185–E190, 2015.

RUEDA, M. S. et al. Antibiotic Overuse in Premature Low Birth Weight Infants in a Developing Country. The Pediatric infectious disease journal, 38(3), 302–307, 2019.

SCHMITT, C.; NOVY, M.; HASCOËT, J. M. Term Newborns At Risk For Early-Onset Neonatal Sepsis: Clinical Surveillance Versus Systematic Paraclinical Test. Archives De Pediatrie, 28(2), 117–122, 2021.

SILVA, A. C. B. et al. Inadequate Use Of Antibiotics And Increase In Neonatal Sepsis Caused By Resistant Bacteria Related To Health Care Assistance: A Systematic Review. The Brazilian Journal Of Infectious Diseases, 22(4), 328–337, 2018.

VIEL-THÉRIAULT, I. et al. Antimicrobial Prophylaxis Use in the Neonatal Intensive Care Unit: An Antimicrobial Stewardship Target That Deserves Attention!. American journal of perinatology, 39(12), 1288–1291, 2022.

Downloads

Publicado

2024-04-22

Como Citar

Maciel Braga, S. V., Mendes Dias, M., Antunes Torres, L. E., Pereira Leitão, C. C., Calderaro Coimbra Monteiro Azevedo, G., França Nunes, A., Nascimento de Santana, A. P., Lima Marques de Melo, G., Ferreira de Araújo, A. I., & Brasileiro Sarmento, T. (2024). Repercussões da Terapia Antimicrobiana na Sepse Neonatal: Repercussions of Antimicrobial Therapy in Neonatal Sepsis. Revista Coopex., 15(02), 5153–5163. Recuperado de https://coopex.unifip.edu.br/index.php/coopex/article/view/740

Edição

Seção

Artigos

Categorias