Análise das mudanças nos critérios de seleção de doadores e receptores de rim no Brasil durante a pandemia de Covid-19: impacto nas taxas de transplante renal e implicações para a prática nefrológica

Autores

  • Cínthia Pereira Jacomini Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Pedro Felipe Ferrari Silva Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Beatriz do Rosário Barbosa Rodrigues Faculdade de Medicina de Taubate
  • Lucas Mueller Franco Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Pedro Henrique Barbosa Rodrigues Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Giovanna Vasconcellos Câmara Universidade do Oeste Paulista
  • Giovanna Pasquero Olinto Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Matheus Claudino de Morais Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Nivaldo do Nascimento Junior Centro Universitário de Várzea Grande
  • Monike de Arruda Oliveira Shimabukuro Universidade de Marília

Palavras-chave:

Transplante renal, Nefrologia, Coronavírus, Pandemia, Avaliação

Resumo

RESUMO: O coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2tem provocado uma pandemia mundial não mitigada, desde que o primeiro caso foi relatado em dezembro de 2019. O transplante renal é o tratamento de escolha para doença renal em estágio terminal, porém, infecções causadas pelo COVID-19 podem apresentar risco aumentado de resultados adversos. Para resguardar os dadores saudáveis e proteger os receptores imunossuprimidos, muitos centros alteraram as suas práticas, incluindo o Brasil, como ajuste das estratégias de avaliação dos pacientes, a implementação de novas informações de consentimento, o adiamento ou o cancelamento de procedimentos cirúrgicos e o ajuste dos cuidados pós-operatórios imediatos e de longo prazo para evitar que o doador e o receptor sejam infectados. Assim, pretende-se analisar as mudanças nos critérios de seleção de doadores e receptores de rim no Brasil durante a pandemia de COVID-19, bem como o impacto nas taxas de transplante renal e implicações para a prática nefrológica. Não obstante, trata-se de uma revisão bibliográfica, com abordagem descritiva qualitativa. A busca de material ocorreu no mês de outubro de 2023, a partir das bases de dados da SciELO, BVS e PubMed. Para a busca serão utilizados os descritores com combinações dos mesmos através do conectivo “AND”: “kidney transplantation”; “nephrology”; “COVID-19”. Com efeito, durante a pandemia, o número de transplantes renal no Brasil, ao comparar o mesmo período do ano passado, aumentou 6,5% no 1º trimestre, porém, caiu 43,2% no 2º, e 37,8% no 3º trimestre, o que foi severamente reduzido. Atualmente, as taxas apresentam um aumento, porém ainda é considerado baixo em relação ao ano de 2019, antes do período pandêmico. A pandemia da COVID-19 trouxe desafios sem precedentes à prestação de cuidados de saúde, sendo necessário uma estratégia para que o processo de transplantes de órgãos se mantenha ativa, reduzindo assim os impactos da pandemia sobre estes pacientes.

Palavras-chave: Transplante renal; Nefrologia; Coronavírus; Pandemia; Avaliação.

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https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa2001017

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Publicado

2023-12-05 — Atualizado em 2023-12-06

Versões

Como Citar

Jacomini, C. P., Silva, P. F. F., Rodrigues, B. do R. B., Franco, L. M., Rodrigues, P. H. B., Câmara, G. V., Olinto, G. P., Morais, M. C. de, Nascimento Junior, N. do, & Shimabukuro, M. de A. O. (2023). Análise das mudanças nos critérios de seleção de doadores e receptores de rim no Brasil durante a pandemia de Covid-19: impacto nas taxas de transplante renal e implicações para a prática nefrológica. Revista Coopex., 14(5), 4258–4267. Recuperado de https://coopex.unifip.edu.br/index.php/coopex/article/view/649 (Original work published 5º de dezembro de 2023)