Cultura e ferramentas para segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde (APS)

Autores

  • Adryele Gomes Maia Universidade Federal de Campina Grande
  • Ana Luiza Oliveira Bastos Unichristus
  • Pedro Henrique Oliveira Bastos Unichristus
  • Sabrina Sales Alves Unichristus
  • Júlia Souza Oliveira Universidade Federal do Ceará
  • Jorge William Pereira Universidade Federal do Ceará
  • Clara de Assis Oliveira de Menezes Centro Universitário INTA
  • Rafael de Oliveira Sousa Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Tatiana Matos Cavalcante Figueiredo Centro Universitário INTA
  • Alana Mendes de Sousa Universidade Federal do Cariri
  • Ana Laura da Costa Medeiros UNIFAMAZ

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v14i5.611

Resumo

Existem milhões de pacientes em todo o mundo que sofrem incapacidades, lesões ou morte todos os anos devido a práticas médicas inseguras. Isto levou a um reconhecimento mais amplo da importância da segurança do paciente, à incorporação de abordagens de segurança do paciente nos planos estratégicos das organizações de saúde e a um crescente corpo de pesquisa neste campo. Os cuidados primários são considerados a porta de entrada no sistema de saúde e os cuidados prestados têm um impacto direto no bem-estar das famílias e na utilização da infraestrutura financeira. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo discutir sobre a cultura e ferramentas que viabilizam a segurança do paciente no contexto da APS. Trata-se de uma revisão de escopo, do tipo bibliográfica, para isso foi utilizado as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Foram selecionados os seguintes descritores (DeCS): “primary care” AND “measurement tools” AND “patient safety culture” OR “Patient Safety”.  As etapas da revisão foram seguidas: identificação da questão de pesquisa; critério de inclusão; estratégia de pesquisa; extração de resultados; e apresentação de resultados. A segurança do paciente é um dos principais desafios para a qualidade da assistência, pois os eventos adversos (EAs) são comuns nos serviços de saúde. O atendimento ao paciente, falhas nos sistemas, processos organizacionais deficientes e gestão deficiente, também depende dos profissionais de saúde e compromete a segurança. Uma das estratégias consideradas por vários países e organizações de saúde para melhorar a segurança do paciente é a notificação de EAs. A falta de trabalho em equipe é frequentemente identificada como um ponto primário de vulnerabilidade para a qualidade e segurança dos cuidados. Portanto, é fundamental traçar ações e mudanças para reduzir incidentes proporcionando melhor qualidade na assistência à saúde.

Referências

ALFADHALAH, T. et al. Baseline assessment of patient safety culture in primary care centres in Kuwait: a national cross-sectional study. BMC Health Services Research, v. 21, p. 1-18, 2021.

ANTONAKOS, I. et al. Patient safety culture assessment in primary care settings in Greece. In: Healthcare. MDPI. p. 880, 2021.

ARKSEY, H.; O'MALLEY, L. Scoping studies: towards a methodological framework. International journal of social research methodology, v. 8, n. 1, p. 19-32, 2005.

AURAAEN, A.; SLAWOMIRSKI, L.; KLAZINGA, N. The economics of patient safety in primary and ambulatory care: flying blind. 2018.

BAGNASCO, A. et al. Identifying and correcting communication failures among health professionals working in the Emergency Department. International emergency nursing, v. 21, n. 3, p. 168-172, 2013.

BERNTSSON, K.; ELIASSON, M.; BECKMAN, L. Patient safety when receiving telephone advice in primary care–a Swedish qualitative interview study. BMC nursing, v. 21, n. 1, p. 24, 2022.

BLACK, G. B. et al. Harnessing the Electronic Health Care Record to Optimize Patient Safety in Primary Care: Framework for Evaluating e–Safety-Netting Tools. JMIR Medical Informatics, v. 10, n. 8, p. e35726, 2022.

CAPUCHO, H. C.; ARNAS, E. R.; CASSIANI, S. H. de B. Segurança do paciente: comparação entre notificações voluntárias manuscritas e informatizadas sobre incidentes em saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, p. 164-172, 2013.

DONALDSON, M. S. et al. (Ed.). To err is human: building a safer health system. 2000.

ERVIN, J. N. et al. Teamwork in the intensive care unit. American Psychological Association, 2018.

GHOBASHI, M. M. et al. Assessment of patient safety culture in primary health care settings in Kuwait. Epidemiology, Biostatistics and Public Health, v. 11, n. 3, 2014.

GONZÁLEZ-FORMOSO, C. et al. Adverse events analysis as an educational tool to improve patient safety culture in primary care: a randomized trial. BMC Family practice, v. 12, p. 1-10, 2011.

HAUKLAND, E. C. et al. Contribution of adverse events to death of hospitalised patients. BMJ open quality, v. 8, n. 1, p. e000377, 2019.

Joanna Briggs Institute. JBI. Reviewer’s manual: 2015 edition/supplement. The University of Adelaide, Austrália: JBI; 2015.

KEATS, J. P. Leadership and teamwork: essential roles in patient safety. Obstetrics and Gynecology Clinics, v. 46, n. 2, p. 293-303, 2019.

KHALIL, H. et al. Professional, structural and organisational interventions in primary care for reducing medication errors. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 10, 2017.

LANCET, The. Prioritising primary care in the USA. Lancet (London, England), v. 394, n. 10195, p. 273, 2019.

LAWATI, M. H. A. L. et al. Patient safety and safety culture in primary health care: a systematic review. BMC family practice, v. 19, n. 1, p. 1-12, 2018.

LEE, P.; ALLEN, K.; DALY, M. A ‘Communication and Patient Safety’training programme for all healthcare staff: can it make a difference?. BMJ Quality & Safety, v. 21, n. 1, p. 84-88, 2012.

MAKARY, M. A.; DANIEL, M. Medical error—the third leading cause of death in the US. Bmj, v. 353, 2016.

MICHEL, P. Pontos fortes e fracos dos métodos disponíveis para avaliar a natureza e a escala dos danos causados pelo sistema de saúde: Revisão da literatura Genebra: OMS; 2004.

MURPHY, M.; CURTIS, K.; MCCLOUGHEN, A. What is the impact of multidisciplinary team simulation training on team performance and efficiency of patient care? An integrative review. Australasian emergency nursing journal, v. 19, n. 1, p. 44-53, 2016.

OBSERVADOR, R. M. Compreendendo a Segurança do Paciente 2º ed. Porto Alegre: Artmed; 2013.

PAHO. Pan American Health Organization. Renewing Primary Health Care in the Americas: a position paper of the Pan American Health Organization/World Health Organization (PAHO/WHO) Washington: PAHO; 2007.

PANESAR, S. S. et al. How safe is primary care? A systematic review. BMJ quality & safety, v. 25, n. 7, p. 544-553, 2016.

READER, T. W.; GILLESPIE, A. Stakeholders in safety: Patient reports on unsafe clinical behaviors distinguish hospital mortality rates. Journal of Applied Psychology, v. 106, n. 3, p. 439, 2021.

REE, E.; WIIG, S. Employees’ perceptions of patient safety culture in Norwegian nursing homes and home care services. BMC health services research, v. 19, n. 1, p. 1-7, 2019.

SALEH, A. M. et al. Impacts of nurses’ circadian rhythm sleep disorders, fatigue, and depression on medication administration errors. Egyptian Journal of Chest Diseases and Tuberculosis, v. 63, n. 1, p. 145-153, 2014.

SAXENA, A. et al. Trends in quality of primary care in the United States, 2007–2016. Scientific reports, v. 12, n. 1, p. 1982, 2022.

SOUSA, P.; LAGE, M. J.; RODRIGUES, V. Magnitude do problema e os factores contribuintes do erro e dos eventos adversos. Sousa P, Mendes W, organizadores. Segurança do paciente: conhecendo os riscos nas organizações de saúde. Rio de Janeiro: EAD/ENSP, p. 93-113, 2014.

WELLER, J.; BOYD, M.; CUMIN, D. Teams, tribes and patient safety: overcoming barriers to effective teamwork in healthcare. Postgraduate medical journal, v. 90, n. 1061, p. 149-154, 2014.

WEST, C. P. et al. Association of perceived medical errors with resident distress and empathy: a prospective longitudinal study. Jama, v. 296, n. 9, p. 1071-1078, 2006.

WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global patient safety action plan 2021-2030: towards eliminating avoidable harm in health care. World Health Organization, 2021.

WYNIA, M. K.; CLASSEN, D. C. Improving ambulatory patient safety: learning from the last decade, moving ahead in the next. Jama, v. 306, n. 22, p. 2504-2505, 2011.

ZWART, D. L.; VAN RENSEL, E. L.; KALKMAN, C. J.; VERHEIJ, T. J. Central or local incident reporting? A comparative study in Dutch GP out-of-hours services. Br J Gen Pract, v. 61, n. 584, p. 183–7, 2011.

ZWART, D. L. M. et al. Patient safety culture measurement in general practice. Clinimetric properties of'SCOPE'. BMC family practice, v. 12, p. 1-7, 2011.

Downloads

Publicado

2023-11-23

Como Citar

Maia, A. G., Bastos, A. L. O., Bastos, P. H. O., Alves, S. S., Oliveira, J. S., Pereira, J. W., Menezes, C. de A. O. de, Sousa, R. de O., Figueiredo, T. M. C., Sousa, A. M. de, & Medeiros, A. L. da C. (2023). Cultura e ferramentas para segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde (APS). Revista Coopex., 14(5), 4167–4175. https://doi.org/10.61223/coopex.v14i5.611