Gerenciamento de infecções por Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA) na UTI: estratégias avançadas de cuidado e intervenção

Resumo

O presente artigo aborda o desafio crescente representado pelo Staphylococcus aureus resistente à meticilina em Unidades de Terapia Intensiva, um cenário que exige atenção especial devido à alta incidência de infecções hospitalares e à gravidade dos pacientes internados. Neste sentido, o objetivo desta revisão de literatura é analisar as estratégias avançadas de cuidado e intervenção no gerenciamento de infecções por MRSA em UTIs, com foco em medidas de prevenção, controle e opções terapêuticas atuais. A metodologia empregada consistiu na análise crítica de estudos publicados em periódicos científicos de renome, selecionados através de bases de dados como PubMed, Scopus e Web of Science. A busca foi restrita a publicações dos últimos dez anos, em inglês e português, para garantir a relevância e atualidade dos dados apresentados. Foram incluídos na revisão artigos originais, revisões sistemáticas, meta-análises e diretrizes de prática clínica que discutem o manejo do MRSA em UTIs. Os critérios de inclusão e exclusão foram estabelecidos com base na pertinência ao tema central e na qualidade metodológica dos estudos. Os resultados obtidos destacam a importância de uma abordagem integrada no controle do MRSA, que envolve desde a aplicação rigorosa de protocolos de higiene e desinfecção até o uso racional de antibióticos. As estratégias de prevenção e controle enfatizadas incluem a higiene das mãos, o uso de equipamentos de proteção individual, a desinfecção de superfícies e a implementação de políticas de antimicrobianos. No que tange ao tratamento, a revisão aponta para a necessidade de terapias individualizadas, considerando a resistência cruzada e a evolução das cepas de MRSA. Adicionalmente, discute-se o potencial das terapias adjuvantes e alternativas, como a terapia com bacteriófagos e peptídeos antimicrobianos. Conclui-se que o gerenciamento eficaz de infecções por MRSA em UTIs requer uma combinação de vigilância epidemiológica, medidas de controle de infecção e uma seleção criteriosa de agentes antimicrobianos. Este estudo contribui para o corpo de conhecimento existente, fornecendo uma visão abrangente das estratégias de cuidado e intervenção, e destaca a necessidade de pesquisa contínua para enfrentar os desafios impostos por este patógeno resistente.