O papel das terapias complementares e alternativas na melhoria da qualidade de vida em crianças com câncer

Resumo

O câncer é uma doença que afeta pessoas em todo mundo, inclusive crianças. O tratamento convencional do câncer, tanto nos adultos quanto nas crianças, apresenta desafios, dentre os quais destacam-se os efeitos colaterais dos tratamentos além de danos emocionais que afetam os pacientes e suas famílias. É nesse contexto que entram as Terapias Complementares e Alternativas (TCA), um conjunto diverso de abordagens terapêuticas baseadas em ideias distintas da medicina ocidental popularmente conhecida, que têm o objetivo de promover o bem-estar dos pacientes, reduzindo os efeitos colaterais e o estresse emocional dos tratamentos convencionais, trazendo mais qualidade de vida. Portanto, o objetivo deste artigo é avaliar o impacto das TCA na qualidade de vida das crianças com câncer. O presente artigo se trata de uma revisão integrativa de literatura cuja pesquisa na literatura foi realizada nas bases de dados da BVS, PubMed e SciELO, utilizando-se dos seguintes descritores: “Neoplasias”, “Criança”, “Terapias Complementares”, em conjunto com o operador booleano “AND”. Considerando a escassez de trabalhos nessa temática, optou-se por utiliza o filtro de pesquisa para artigos publicados nos últimos 10 anos em português, inglês e espanhol, a fim de ter um leque maior de trabalhos para analisar. Ao fim da pesquisa, 11 artigos foram escolhidos para comporem a amostra deste estudo. Os resultados destacam o potencial terapêutico das TCA na redução da dor, alívio de sintomas emocionais e melhoria da qualidade do sono em crianças com câncer. Além disso, essas terapias proporcionam oportunidades para fortalecer os laços familiares, promover a integração social e empoderar os pais no cuidado de seus filhos. No entanto, é preciso fortalecer o processo de comunicação entre a família e os profissionais de saúde na escolha da TCA, visto que a escolha de terapias alternativas antes do início do tratamento convencional pode levar a atrasos no início do tratamento da doença, reduzindo suas chances de sucesso. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor os benefícios e limitações das TCA, bem como possíveis interações com tratamentos convencionais, a fim de possibilitar uma melhor integração dessas abordagens terapêuticas no tratamento do câncer pediátrico.