O SUJEITO PARA ALÉM DOS SEUS ÍDOLOS: UM DIALÓGO ENTRE BACON E FREUD

Resumo

Os seres humanos desenvolveram diversas formas de compreender a si e a sua realidade diante das diversas entrelinhas esboçadas pelos possíveis limiares do conhecimento, sendo desenvolvidas inúmeras perspectivas científicas e filosóficos perante aportes metodológicos diante da compreensão de informações pertinentes através de campos direcionados a partir do encontro de potenciais elucidações. Com os avanços das noções metodológicas, surgiram pensadores pautados na edificação de metodologias científicas coesas, entre eles se encontra Francis Bacon, considerado um dos maiores nomes do Empirismo Inglês, trazendo a importância do saber como forma de poder, revelando que as falsas noções, conhecidas também como ídolos, construídas pelos sujeitos deveriam ser sanadas por via de uma metodologia científica assertiva e coesa. Em outro ponto da história, outros cientistas, a exemplo de Sigmund Freud, traziam a importância dos aspectos psicológicos, emocionais e vivenciais dos sujeitos diante das formações individuais. Nesse sentido, o autor traz uma nova forma de saber, uma espécie de saber oculto, denominado de inconsciente, deixando claro que os sujeitos vão além do seu consciente, uma vez que o sistema inconsciente seria magnânimo diante da expressão da vida da psíquica, como afirma Braghirolli. Partindo das colocações acima, o presente estudo objetiva discorrer de forma dialógica entre a Teoria dos Ídolo, de Bacon, e os postulados desenvolvidos pelo panorama freudiano, trazendo à tona novas contribuições pautadas na reflexão entre o sujeito e sua relação para com o (des)saber. Para isso, buscaram-se trabalhos acadêmicos e científicos que serviram de base para o referencial teórico proposto, seguindo os preceitos da revisão narrativa como base metodológica central. Sendo assim, em meio das diferenças teóricas e panorâmicas entre as diretrizes baconianas e os estudos freudianos, tal esboço permeia a tentativa entre épocas e pensamentos diferentes que tem como uma das possíveis intercepções a forma com os sujeitos desenvolvem as suas contemplações.