Efeito de diferentes quantidades de monensina sódica na dieta sobre o perfil bioquímico sérico de ovinos mestiços no semiárido brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.61223/coopex.v14i4.391Palavras-chave:
Bioquímica sérica; monensina sódica; ovinocultura; semiárido.Resumo
Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de diferentes quantidades de monensina sódica na dieta sobre o perfil bioquímico sérico de ovinos mestiços no semiárido brasileiro. Foram utilizados 24 ovinos machos, não castrados, mestiços ½Dorper + ½Santa Inês, com peso vivo médio de 25±3 kg, distribuídos em blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições, sendo que os blocos foram formados pelos animais de acordo com o peso inicial. Para as análises bioquímicas foram consideradas as médias das coletas repetidas no tempo. As variáveis estudadas foram interpretadas por análises de variância e de regressão e os coeficientes de regressão e comparados pelo teste t a 5% de probabilidade. A monensina sódica foi oferecida pela manhã misturada a uma pequena quantidade da ração antes do fornecimento da dieta. Foram utilizados quatro tratamentos, sendo: T1= somente a dieta padrão, T2= dieta padrão + 30 mg animal-1 dia-1 de monensina, T3= dieta padrão + 60 mg animal-1 dia-1 de monensina e T4= dieta padrão + 90 mg animal-1 dia-1 de monensina. A análise de variância não revelou efeito significativo (p>0,05) entre os tratamentos para as enzimas hepáticas, AST e GGT, minerais, potássio, sódio, cloro, cálcio, fósforo e níveis séricos de albumina, glicose e proteína total. Para a ureia e o β-hidroxibutirato equação de regressão revelou efeito linear positivo (p<0,05) à medida que se aumentava as quantidades de monensina na dieta. A utilização da monensina sódica nas quantidades de 30, 60 e 90 mg dia-1 na dieta de ovinos provoca elevação linear nos níveis séricos de uréia e β-hidroxibutirato.
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