Adaptabilidade e termorregulação de equinos em ambiente quente
DOI:
https://doi.org/10.61223/coopex.v14i4.371Palavras-chave:
bem-estar, dissipação de calor, equinos, termorregulaçãoResumo
O objetivo deste trabalho foi discorrer sobre o efeito do ambiente litorâneo sobre a termorregulação de equinos da cavalaria da polícia militar, em João pessoa, Paraíba. O manejo adequado as necessidades fisiológicas e comportamentais dos equinos bem como ao ambiente e tipo de trabalho a que são designados consiste no objetivo de estudo constante por parte dos profissionais da área. Equinos são animais que participam principalmente de atividades esportivas (hipismo, prova de tambor e etc.), no entanto há uma grande representatividade dos mesmos no âmbito da segurança pública. Durante a realização de atividades públicas os equinos são submetidos a exercícios de intensidades diversificadas, bem como ficam expostos às variações nos elementos climáticos, como por exemplo: altas temperaturas, umidade relativa, radiação solar e velocidade do vento, que são componentes fundamentais à vida e determinantes no tocante ao bem-estar animal e que, consequentemente podem influenciar no seu desempenho de forma positiva ou negativa. O termo bem-estar animal possui um significado amplo ainda que envolva apenas a vertente da saúde, o mesmo foi abordado com bases bioclimatológicas, tendo como espécie-alvo o equino. O ambiente térmico do período seco do litoral paraibano interfere na homeotermia dos equinos, causando, em alguns momentos, diminuição na dissipação de calor na forma sensível, mas, esta normalmente é compensada pela dissipação de calor na forma latente, não prejudicando a temperatura interna ideal para a espécie. Assim, evidencia-se a importância do estudo da influência do clima sobre as respostas fisiológicas dos equinos, bem como do clima associado a fatores do cotidiano como o exercício, por apresentar entraves no bem-estar dos animais e na equideocultura que desempenha importante papel social e econômico no país e, a partir de então desenvolver medidas de manejo que beneficiem os equinos e humanos ligados direta ou indiretamente a eles.
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