Uso de bacteriófagos no combate a bactérias resistentes a antibióticos

Resumo

O uso de antibióticos revolucionou a medicina como um todo, uma vez que esses promoveram uma forma de defesa contra infecções antes intratáveis e que levavam ao óbito, porém, como bactérias são seres vivos e esses se adaptam, produziram resistência a essas drogas antes milagrosas. Estudos apontam uma incidência cada vez maior de resistência a essas medicações. Com isso, a busca por possíveis terapêuticas seguiu para uma nova vertente, seres que há milhões de anos vêm em constate batalha contra as bactérias e continuam a se adaptar de uma forma semelhante, mantendo sua eficácia na destruição de espécies as quais esses seres predam. Esses são os bacteriófagos, vírus com alta especificidade e que destroem bactérias especificas. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo investigar o uso de bacteriófagos no tratamento de infecções bacterianas resistentes. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que gira em torno da seguinte pergunta norteadora: “Como se dá o uso de bacteriófagos no combate a infecções bacterianas resistentes? ”. A busca na literatura foi feita nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando-se dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Bacteriófagos”, sendo observados todos os trabalhos publicados nos últimos cinco anos. Após a pesquisa, 11 artigos foram escolhidos para comporem este estudo. A terapia com bacteriófagos representa uma promissora alternativa para o tratamento de infecções multirresistentes com bons resultados em estudos pequenos, demonstrando eficácia significativa no combate a bactérias resistentes, mesmo em casos de falha do tratamento convencional com antibióticos. Em muitos casos, os bacteriófagos proporcionaram melhorias clínicas substanciais, erradicação das bactérias-alvo e, em alguns casos, até mesmo a restauração da sensibilidade bacteriana aos antibióticos.