Prevalência de queixas musculoesqueléticas em docentes devido o período de ensino remoto em consequência da pandemia da covid-19

Resumo

Com a pandemia do vírus SARS-CoV-2, um novo cenário de ensino foi instaurado, e com isso, os docentes se viram submetidos a um período de adaptação abrupto, acentuando assim o desgaste físico e mental. Diante dessa nova conjuntura, muitos profissionais se viram sem ferramentas e instrumentos ergonomicamente adequados para a execução de suas atividades laborais, que associado ao uso prolongado do computador acentuam a ocorrência de queixas musculoesqueléticas. Sendo este, um problema de saúde ocupacional. Desta forma, O estudo apresenta como objetivo identificar as queixas musculoesqueléticas e sua influência na qualidade de vida. Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo quantitativa-descritiva, com levantamento de dados. Na qual, participaram 10 docentes de um centro universitário no interior da Paraíba que enfrentaram o período de aulas remotas instituído no decorrer da pandemia da Covid-19. A coleta foi realizada de forma remota no Google Formulários, com aplicação de questionário sociodemográfico semi-estruturado pelo pesquisador e questionário nórdico musculoesquelético (NMQ). O estudo foi composto por 4 do sexo masculino e 6 do sexo feminino, os dados apontaram alta prevalência de queixas musculoesqueléticas em docentes tendo a região de pescoço (70%) e parte superior das costas (60%) como segmentos mais acometidos nos últimos 12 meses. Também foi identificado queixas de dor muscular (80%), tensão muscular (90%), pontos-gatilho (80%) e alterações posturais (60%) nos docentes. Dessa forma,é visto que a docência oferece riscos reais para o surgimento de DORT seja por fatores biopsicosociais e/ou ergonômicos, os quais foram exacebados com a pandemia do vírus SARS-CoV-2.