Craniectomia descompressiva: uma abordagem terapêutica eficaz para traumatismo cranioencefálico
DOI:
https://doi.org/10.61223/coopex.v14i3.331Resumo
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma condição médica grave que pode resultar em danos cerebrais significativos e aumento da pressão intracraniana. A craniectomia descompressiva tem sido considerada uma abordagem terapêutica eficaz para reduzir a pressão intracraniana e melhorar os resultados clínicos em pacientes com TCE grave. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão bibliográfica abrangente sobre a craniectomia descompressiva como uma abordagem terapêutica eficaz para o TCE. Este estudo foi conduzido como uma revisão bibliográfica, utilizando bases de dados eletrônicas, incluindo PubMed, Scopus e Web of Science. Foram utilizados termos de busca relevantes, como "craniectomia descompressiva", "traumatismo cranioencefálico" e "pressão intracraniana". Foram considerados estudos publicados nos últimos 10 anos, com ênfase em artigos originais, revisões sistemáticas e meta-análises. Os resultados da revisão bibliográfica indicaram que a craniectomia descompressiva é uma abordagem terapêutica promissora para o TCE grave. Estudos têm demonstrado que essa técnica pode reduzir significativamente a pressão intracraniana, melhorar a perfusão cerebral e prevenir danos secundários ao cérebro. Além disso, a craniectomia descompressiva tem sido associada a uma redução na mortalidade e melhora na sobrevida dos pacientes. No entanto, questões como o momento ideal para realizar a craniectomia descompressiva, o tamanho da craniectomia e o manejo pós-operatório ainda são temas de debate e pesquisa. São necessários mais estudos prospectivos randomizados para avaliar a eficácia a longo prazo dessa abordagem terapêutica e identificar os pacientes que mais se beneficiariam com ela. Em conclusão, a craniectomia descompressiva é uma abordagem terapêutica eficaz para o tratamento do TCE grave, com potencial para melhorar os desfechos clínicos dos pacientes. É fundamental que os profissionais de saúde estejam familiarizados com essa técnica e utilizem-na de forma adequada, levando em consideração as características individuais de cada paciente. Futuras pesquisas continuarão a fornecer insights sobre a craniectomia descompressiva e seu papel no manejo do TCE.
Referências
ARMSTRONG, Richard A. Visual problems associated with traumatic brain injury. Clinical and Experimental Optometry, v. 101, n. 6, p. 716-726, 2018.
BEEZ, Thomas et al. Decompressive craniectomy for acute ischemic stroke. Critical Care, v. 23, p. 1-16, 2019.
CARTER, Eleanor L. Applied cerebral physiology. Anaesthesia & Intensive Care Medicine, 2022.
DUARTE, Daniela Cortázar et al. Psychiatric disorders in post-traumatic brain injury patients: A scoping review. Heliyon, 2023.
HAWRYLUK, Gregory WJ et al. Intracranial pressure: current perspectives on physiology and monitoring. Intensive care medicine, v. 48, n. 10, p. 1471-1481, 2022.
KARASIN, Beth et al. Decompressive Hemicraniectomy for Middle Cerebral Artery Stroke: Indications and Perioperative Care. AORN journal, v. 114, n. 1, p. 34-46, 2021.
KAUR, Parmeet; SHARMA, Saurabh. Recent advances in pathophysiology of traumatic brain injury. Current neuropharmacology, v. 16, n. 8, p. 1224-1238, 2018.
KOLIAS, Angelos G. et al. The current status of decompressive craniectomy in traumatic brain injury. Current trauma reports, v. 4, p. 326-332, 2018.
LEINONEN, Ville; VANNINEN, Ritva; RAURAMAA, Tuomas. Raised intracranial pressure
and brain edema. Handbook of clinical neurology, v. 145, p. 25-37, 2018.
MAAS, Andrew IR et al. Traumatic brain injury: progress and challenges in prevention, clinical care, and research. The Lancet Neurology, 2022.
MOLLAN, Susan P.; SINCLAIR, Alexandra J. Outcomes measures in idiopathic intracranial hypertension. Expert review of neurotherapeutics, v. 21, n. 6, p. 687-700, 2021.
PAVLOVIC, Dragan et al. Traumatic brain injury: neuropathological, neurocognitive and neurobehavioral sequelae. Pituitary, v. 22, p. 270-282, 2019.
ROSSINI, Zefferino et al. The history of decompressive craniectomy in traumatic brain injury. Frontiers in neurology, v. 10, p. 458, 2019.
SHAH, Aatman; ALMENAWER, Saleh; HAWRYLUK, Gregory. Timing of decompressive craniectomy for ischemic stroke and traumatic brain injury: a review. Frontiers in Neurology, v. 10, p. 11, 2019.
STALONS, Molly; PRIEMER, David S.; KNOLLMANN-RITSCHEL, Barbara EC. Educational Case: Cranial hemorrhage and traumatic brain injury. Academic Pathology, v. 9, n. 1, 2022.
TENOVUO, Olli et al. Assessing the severity of traumatic brain injury—time for a change?. Journal of clinical medicine, v. 10, n. 1, p. 148, 2021.
TIRUNEH, Abebe et al. Comparison between traumatic brain injury with and without concomitant injuries: an analysis based on a national trauma registry 2008–2016. Brain injury, v. 34, n. 2, p. 213-223, 2020.
VITALI, Matteo et al. Decompressive Craniectomy in Severe Traumatic Brain Injury: The Intensivist’s Point of View. Diseases, v. 11, n. 1, p. 22, 2023.
VOLOVICI, Victor et al. Ventricular drainage catheters versus intracranial parenchymal catheters for intracranial pressure monitoring-based management of traumatic brain injury: a systematic review and meta-analysis. Journal of neurotrauma, v. 36, n. 7, p. 988-995, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Copyright (c) 2023 Stephanie Bezerra Muniz Falcão, Gabriela Fernandes da Silva Clímaco, Leonardo da Silva e Silva, Douglas Raé Schwartz, Tatiane Santos Coelho, Letícia dos Santos Fávaro Bissi, Camila Muniz Falcão Batista Duarte, Maria Eduarda Nascimento Seixas, Artur Clímaco da Silva Filho, Bruna Oliveira de Paula
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Creative Commons