Efeito do exercício físico e da música no desempenho e aspectos fisiológicos: uma revisão da literatura

Autores

  • Widemar Ferraz Faculdade de Integração do Sertão
  • Jonathan De Assis Barreto Centro Universitário FACOL
  • Matheus Santos de Sousa Fernandes Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento
  • Luvanor Santana da Silva
  • Isael João de Lima

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v14i3.305

Palavras-chave:

Música, Atividade Física, Capacidade Funcional

Resumo

Introdução: A música é a arte de combinar sons em harmonia para obter uma experiência estética para os ouvintes; também pode ser entendida como um estímulo motivacional para o corpo humano. Quando usado como estimulante no exercício, pode exercer influências capazes de maximizar o desempenho. Objetivo: Analisar as influências causadas pelo estímulo musical no exercício físico, buscando identificar as variações de estímulo que promovem melhores respostas. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa descritiva e exploratória da literatura; consistiu na análise de onze artigos originais publicados entre 2010 e 2020 no Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), via bases de dados PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), concomitantemente com a aplicação do operador booleano “AND” e “OR”, em português e inglês.  Resultados e Discussão: O estímulo musical parece influenciar positivamente aumentando a duração do exercício, acelerando a recuperação da frequência cardíaca após o exercício e proporcionando aumento da força. Identificou-se que o volume alto tem o potencial de interferir negativamente no desempenho, as músicas de ritmo lento a moderado foram mais eficazes em situações pós-exercício e as músicas de ritmo rápido foram relacionadas a influências positivas durante o exercício. Conclusão: A estimulação musical melhora significativamente o desempenho durante o exercício, entretanto, a disparidade nos protocolos dos artigos analisados ​​foi um fator que impossibilitou tirar conclusões sobre a maioria das variáveis, o que sugere a necessidade de novos estudos com protocolos mais uniformes sobre o assunto.

Referências

ABURTO-CORONA, J. ARAGÓN-VARGAS, L.F. Refinando o tempo da música para um efeito ergogênico no exercício do ciclismo ergométrico. Revista de Ciencias del Ejercicio y la Salud. 2017.

ATAN, T. Effect of music on anaerobic exercise performance. Biology of Sport. 2013.

BACON, C. MYERS, T. KARAGEORGHIS, C. Effect of music-movement synchrony on exercise oxygen consumption. J. Sports Med. Phys, 2012.

BALLAMANN, C.G et al. Effects of listening to preferred versus non-preferred music on repeatedwingate anaerobic test performance. Sports. 2019.

BALLMANN, C.G. et al. Effects of preferred vs. nonpreferred music on resistance exercise performance. J. Strength Cond. Res. 2021.

BERNARDI, L. PORTA, C.; SLEIGHT, P. Cardiovascular, cerebrovascular, and respiratory changes induced by different types of music in musicians and non-musicians: the importance of silence, Heart. 2006.

BORG, G. A. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine & Science in Sports and Exercise. 1982.

BOUTCHER, S. H. TRENSKE, M. The effects of sensory deprivation and music on perceived exertion and affect during exercise. Journal of Sport and Exercise Psychology. 1990.

BUHMANN, J. et al. Optimizing beat synchronized running to music. PloS one, 2018.

CHLAN, L. Effectiveness of a music therapy intervention on relaxation and anxiety for 15 patients receiving ventilatory assistance. Heart Lung. 1998.

CRAIG, D. Exploring music preference: Meaningfulness of music as a function of emotional reactions. Nordic Journal of Music Therapy. 2009.

CRUST, L. CLOUGH, P. The influence of rhythm and personality in the endurance response to motivational asynchronous music. Journal of Sports Science. 2006.

DYRLUND, A. K. WININGER, S. R. The effects of music preference and exercise intensity on psychological variables. Journal of Music Therapy. 2008.

EDWORTHY, J. WARING H. The effects of music tempo and loudness level on treadmill exercise. Ergonomics. 2006.

HARDY, C. J. RAJESKI, W. J. Not what, but how one feels: the measurement of affect during exercise. Journal of Sport and Exercise Psychology. 1989.

HARMON, N. KRAVITZ, L. The beat goes on the effects of music on exercise. Fitness Journal. 2007.

KARAGEORGHIS, C.I. Applying music in exercise and sport. Human Kinetics. 2016.

KARAGEORGHIS, C. JONES, L.; LOW, D. Relationship between Exercise heart rate and music tempo preference. Research Quarterly for Exercise and Sport. 2006.

KARAGEORGHIS, C. et al. Revisiting the relationship between exercise heart rate and music tempo preference. Research Quarterly for Exercise and Sport. 2011.

KARAGEORGHIS, C. I.; PRIEST, D. L. Music in the exercise domain: a review and synthesis (Part I). International Review of Sport and Exercise Psychology. 2012.

KIMMERLY, D.S. Influence of music on maximal self-paced running performance and passive 2 post-exercise recovery rate. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. 2016.

MADDIGAN, M. E. et al. High tempo music prolongs high intensity exercise. Peer J. 2019.

MIRANDA, M. L. J. Efeitos da atividade física com música sobre estados subjetivos de idosos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 2009.

MIRANDA, M. L. J. GODELI, M. R. C. S. Avaliação de idosos sobre o papel e a influência da música na atividade física. Revista Paulista de Educação Física. 2002.

NAKAMURA, P.M. DEUTSCH, S. KOKUBUN, E. Influência da música preferida e não preferida no estado de ânimo e no desempenho de exercícios realizados na intensidade vigorosa. Revista Brasileira de Educação Física. 2008.

Downloads

Publicado

2023-07-21

Como Citar

Ferraz, W., De Assis Barreto, J., Santos de Sousa Fernandes, M., Santana da Silva, L., & João de Lima, I. (2023). Efeito do exercício físico e da música no desempenho e aspectos fisiológicos: uma revisão da literatura. Revista Coopex., 14(3), 2184–2197. https://doi.org/10.61223/coopex.v14i3.305

Edição

Seção

Artigos

Categorias