Ingestão de água por ovinos nativos em sistema intensivo no semiárido

Autores

  • Fabíola Franklin de Medeiros
  • Fábio Santos do Nascimento
  • Luanna Figueirêdo Batista Luanna Figueirêdo Batista
  • Nágela Maria Henrique Mascarenhas
  • Thays Raquel de Freitas Bezerra Thays Raquel de Freitas Bezerra
  • Gabriel de Queiroz Rodrigues
  • Talícia Maria Alves Benício
  • Bonifácio Benicio de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Tayana Adélia Palmeira Gomes Nepomuceno
  • Geovergue Rodrigues de Medeiros
  • Thyago Araujo Gurjao

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v14i3.293

Resumo

Objetivou-se com essa pesquisa avaliar a influência de níveis crescentes de concentrado na dieta em ovinos de dois grupos genéticos (Soinga e Santa Inês) sobre o consumo de água. O trabalho foi conduzido no setor de ovinocultura da Fazenda Experimental do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da UFCG, localizada no município de Patos, PB, Brasil. Foram utilizados 24 ovinos, machos, não castrados, Santa Inês e Soinga, 12 por grupo genético em confinamento, com aproximadamente 150 dias de idade, com peso vivo inicial médio de 20 kg. Foram registradas as variáveis ambientais: temperatura do ar (TA), umidade relativa (UR) e temperatura de globo negro (Tgn) durante o período experimental. Com os dados ambientais obtidos foi calculado o índice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC) com esquema fatorial 2x2 com observações repetidas no tempo, sendo dois grupos genéticos (Santa Inês e Soinga) e duas dietas volumoso: concentrado (50:50 e 70:30), e 2 horários distintos:08h00 horas e 15h00 horas, com 6 repetições. As variaveis ambientais registradas no turno da manhã e a tarde foram TA = 28,69 e 36,92 º C, UR = 53,87 e 29,44 %, ITGU = 77,67 e 84,12 º C, respectivamente. Sendo considerado situação de estresse por calor para ovinos. O consumo médio de água no bebedouro não diferiu significativamente (P>0,05) entre os grupos genéticos (2,57 ± 0,26 L/dia Soinga e 2,53 ± 0,38 L/dia para o Santa Inês) e as dietas fornecidas (2,66 A ± 0,39 L/dia, dieta 1- 50:50 e 2,43A ± 0,19 L/dia, dieta 2- 70:30, relação volumoso/concentrado), porém, o consumo foi superior ao preconizado NRC (2007) que sugerem 0,800kg para ovinos em crescimento. O consumo de água foi superior ao preconizado para ovinos em fase de crescimento, no semiárido, não diferiu entre os grupos genéticos e níveis de concentrado. Sugere-se novas pesquisas sobre a quantidade de água a ser fornecida a esses animais.

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Publicado

2023-07-19

Como Citar

Medeiros , F. F. de, Nascimento , F. S. do, Luanna Figueirêdo Batista , L. F. B., Mascarenhas , N. M. H., Thays Raquel de Freitas Bezerra, T. R. de F. B., Rodrigues, G. de Q., Benício, T. M. A., Souza, B. B. de, Nepomuceno, T. A. P. G., Medeiros, G. R. de, & Gurjao, T. A. (2023). Ingestão de água por ovinos nativos em sistema intensivo no semiárido. Revista Coopex., 14(3), 2165–2172. https://doi.org/10.61223/coopex.v14i3.293

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