Síndrome HELLP: perfil epidemiológico e obstétrico das gestantes e desfechos perinatais na região do Alto Vale do Itajaí-SC

Resumo

Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico e obstétrico das gestantes que cursaram com pré-eclâmpsia (PE) e evoluíram para síndrome HELLP, bem como sua associação com as complicações maternas e perinatais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. A amostra foi constituída por gestantes de qualquer idade com PE que cursaram com HELLP, internadas no setor obstétrico de um hospital referência de gestação de alto risco na região do Alto Vale do Itajaí - SC. Os dados coletados dos prontuários contemplaram variáveis sociodemográficas; perfil obstétrico clínico e complementar/laboratorial; e o perfil perinatal. Foi realizada a estatística descritiva, considerando a apuração de frequências em termos absolutos e percentuais. Resultados: Foram analisados 302 prontuários, dos quais 59 evidenciaram gestantes com PE, sendo que 6 delas cursaram com a síndrome. Das 6 pacientes, 5 eram primigestas e 50% eram obesas. A média de idade gestacional foi de 33,5 semanas. A totalidade das gestantes apresentaram proteinúria, desidrogenase lática e marcadores de injúria hepática elevados; e cesárea como condução terapêutica do caso. Observou-se que 50% dos neonatos decorrentes destas gestações nasceram muito pré-termo, bem como necessitaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Conclusão: O predomínio das variáveis de risco envolvidas foi de primíparas, presença de diabetes mellitus, diabetes gestacional e obesidade. A prevalência das pacientes que necessitaram de transfusão sanguínea legitima a gravidade desta condição e a importância do diagnóstico precoce. Além disso, identificou-se a concordância entre a prematuridade neonatal com a necessidade de internação em setores de cuidados intensivos.