O HOMEM PARA ALÉM DE SEU INTELECTO: UM DIÁLOGO ENTRE FREUD E NIETZSCHE

Autores

  • Marcos Vitor Costa Castelhano UNIFIP
  • Mychaell Douglas de França Sousa
  • Délis Sousa Benevides
  • Vinícius Silveira Leite https://orcid.org/0000-0003-4487-399X
  • Maria das Neves Severo de Lira
  • Gerlane Costa dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v12i1.28

Palavras-chave:

Intelecto, Freud, Nietzsche

Resumo

A razão é considerada uma das principais faculdades do ser humano, uma vez que possibilita a visualização de seu mundo sob uma ótica mais ampla, nos diferindo dos demais animais. Todavia, com o passar dos séculos, o movimento de caráter racionalista começa a perder força no contexto ocidental, abrindo espaço para novas escolas do pensamento, que tencionam a contemplação dos indivíduos para além da premissa da razão. Freud (1977; 1990) e Nietzsche (1992), por sua vez, entendem o ser humano numa perspectiva que vai além da primazia da razão, isto é, levam em conta outros processos capazes de atuarem importantemente no processo de constituição do sujeito. Freud, levando em consideração os aspectos inconscientes do psiquismo, afirma que os sujeitos possuem necessidades de caráter pulsional responsáveis por motivar os comportamentos humanos. Nesse sentido, o ego, instância da segunda tópica e regido pelo princípio da realidade, atuaria no manejo dessas pulsões levando em conta as demandas impostas pelo ambiente, isto é, interditando os desejos irrefreáveis inerentes do sujeito até certo ponto devido à incapacidade de total satisfação diante do ambiente civilizado e regido por regras. Nietzsche, por usa vez, exprime a existência de duas forças que guiam o espírito humano. A primeira instância é representada pelas especificidades apolíneas do ser, que se relaciona com as predisposições do intelecto e sua racionalidade. Já o segundo conceito se pautaria no domínio dionisíaco, ou seja, na afirmação daquilo que é mais natural no homem. Assim, Nietzsche afirma que, no Período Arcaico, esses dois impulsos se encontravam em harmonia no ser humano, porém, com o advento do Período Socrático, a instância racional ganhou uma posição magnânima, no qual tudo aquilo que divergisse da categorização racional deveria ser reprimido e domado. Nesse sentido, o teórico propõe a necessidade de ir de encontro com os ideais expressos  pelas doutrinas e perspectivas que dominam o pensamento humano; não se dever impor virtudes pré-formadas para os sujeitos, visto que a melhor das virtudes é aquela construída a partir de si mesmo, revelando que os valores devem seguir um caminho que permeie um aspecto superior, indo além do bem e do mal. Repara-se que ambos os autores, por via de metodologias diferentes, atingem conclusões semelhantes sobre determinadas temáticas, sobretudo ao que se refere aos limites do intelecto e os demais fatores que compõe a condição do ser enquanto ser.

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Publicado

2021-12-07

Como Citar

Costa Castelhano, M. V., Douglas de França Sousa , M., Sousa Benevides , D. ., Silveira Leite, V., das Neves Severo de Lira , M. ., & Costa dos Santos , G. . (2021). O HOMEM PARA ALÉM DE SEU INTELECTO: UM DIÁLOGO ENTRE FREUD E NIETZSCHE. Revista Coopex., 12(1), 1–14. https://doi.org/10.61223/coopex.v12i1.28

Edição

Seção

Artigos