Índices de conforto térmico e respostas fisiológicas de ovinos nativos mantidos em condições contraladas

Resumo

RESUMO: Objetivou-se avaliar e comparar a adaptabilidade dos genótipos Soinga, Morada Nova, Santa Inês e Sem Raça Definida (SRD) submetidos a três temperaturas distintas controladas em câmaras climática. Foram utilizados 24 ovinos machos, não castrados, 6 de cada genótipo, com média de cinco meses e peso médio de 25kg. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 3 x 4, sendo 3 temperaturas (24, 28 e 32 ºC) e 4 grupos raciais (Santa Inês, Morada Nova, Soinga e SRD ) com 6 repetições, repetido no tempo. Os animais foram expostos a cada temperatura por 15 dias  consecutivos, sendo 12 dias de adaptação e os 03 últimos dias de coleta de dados. Entre cada tratamento, os animais ficaram ao ar livre por cinco dias para eliminar o efeito residual. Os dados ambientais estudados foram: Indice de Temperatura de Globo Negro (ITGN), Índice de Temperatura de Globo Negro e Umidade (ITGU), Umidade Relativa e Temperatura Ambiental (TA). Para avaliação dos parâmetros fisiológicas foram aferidas a temperatura retal e superficial e frequência respiratória. O ITGU no fator 24 °C e 28 °C apresentou-se dentro da faixa de conforto térmico (72,81) e estresse leve (75,62) respectivamente, já no fator 32°C apresentaram-se em uma situação de alto estresse térmico (84,05). A UR do tratamento 32° C (85,53%) apresentou-se acima da zona de conforto térmico. As maiores médias de temperatura superficial foram observadas no tratamento 32 °C. Em relação aos parâmetros fisiológicos, houve efeito significativo para TR entre os fatores estudados, para FR e TS não houve efeito significativo. Os grupos genéticos em estudo apesar de apresentarem pequena elevação dos parâmetros fisiológicos FR, TR e TS, mantiveram-se dentro dos valores de referência para a espécie, demonstrando assim estarem fisiologicamente bem adaptadas.

Palavras chave: adaptabilidade, ambiência, ovinos nativos, câmara climática

ABSTRACT - The objetive was to evaluate and compare the adaptability of the Soinga, Morada Nova, Santa Inês and   mixed breed animals, submitted to three different temperatures controlled in climatic chambers. 24 uncastrated male sheep were used, 6 of each genome, with a mean of five months and a mean weight of 25 kg. A completely randomized design (DIC) was used in a 3 x 4 factorial scheme, with 3 temperatures (24, 28 and 32 ºC) and 4 racial groups (Santa Inês, Morada Nova, Soinga and mixed breed, with 6 replications, repeated in time. The animals were exposed to each temperature for 15 consecutive  days, being 12 days of adaptation and the last 3 days of data collection. Between each treatment, the animals stayed in the open air for five days to eliminate the residual effect. The environmental data studied were: Black Globe Temperature Index (ITGN), Black Globe and Humidity Temperature Index  (ITGU), Relative Temperature Index (TA). The rectal (RT) and superficial temperature (ST) and respiratory rate (RR) were measured for the evaluation of physiological parameters. The ITGU at the factor 24 °C and 28 °C was within the range of thermal comfort (72.81) and mild stress (75.62) respectively, while at the factor 32°C they were in a situation of high stress thermal (84.05). The relative humidity at the 32°C treatment (85.53%) was above the thermal comfort zone. The highest surface temperature averages were observed in the 32 °C treatment. Regarding the physiological parameters, there was a significant effect for RT among the studied factors, for RR and ST there was no significant effect. The genetic groups under study, despite presenting a small increase in the physiological parameters, remained within the reference values ​​for the species, thus demonstrating that they are physiologically well adapted.