Transtorno do espectro autista diante das possibilidades teórico-práticas da psicologia clínica: as interfaces do psicodiagnóstico

Resumo

O Transtorno do espectro autista (TEA) é considerado uma condição atípica do neurodesenvolvimento, iniciando-se a partir do nascimento, sendo geralmente diagnosticada na média dos três anos de idade, abarcando alterações em áreas globais singulares, a exemplo da interação social-afetiva, da comunicação verbal e/ou não-verbal e do comportamento. Entre as formas de tratamento e acolhimento deste público, destaca-se os papéis e a importância do psicólogo clínico diante da compreensão e observação das manifestações clínicas e dos esboços subjetivos, desenvolvendo estratégias conjuntivas para a lapidação constante de habilidades inter e intrapessoais ao longo da jornada terapêutica. No âmbito metodológico, uma das das formas técnicas-interventivas pautadas na busca do entendimento do diagnóstico do TEA se baseia nas elaborações psicodiagnósticas, direcionando os psicólogos nas caracterizações das manifestações comportamentais, sociais, afetivas e linguísticas diante do quadro clínico especificado, influindo nas estratégias psicoterápicas e formatações de rastreio assertivo. Seguindo as premissas acima, o presente estudo, por meio da metodologia de revisão narrativa, objetiva compreender como os direcionamentos psicológicos clínicos baseados nas formatações do psicodiagnóstico podem influir no tratamento, acolhimento e intervenções contextuais dos sujeitos com diagnóstico de TEA perante das esquemáticas do setting terapêutico. Em face das bases de dados utilizados, valeu-se das plataformas digitais do Google Acadêmico, Scielo, PePSIC e Portal de Artigos da CAPES, promovendo as diretrizes das construções argumentativas-dissertativas lapidadas, permeando discussões direcionais entre as condições autísticas e o âmbito técnico psicológico-psicodiagnóstico nas entrelinhas da clínica. Por meio dos aspectos mencionados, visualiza-se que o psicodiagnóstico, enquanto fundamento teórico-prático valioso para o psicólogo clínico em atividade, promove intervenções e observações significantes defronte dos diferentes caminhos do manejo profissional dos sujeitos com TEA.