Eventos adversos à saúde e os fatores relacionados à prática de automedicação em idosos

Autores

  • Luanna Nayara Calixto de Araujo Universidade Federal de Campina Grande
  • Elton Gonçalves Batista Centro Universitário do Pará
  • Nathiene Patrícia Ferreira Amaral Rolim Faculdade São Francisco da Paraíba
  • Carolina Câmara Pimenta Faculdades Unidas do Norte de Minas
  • Jeanille Seixas Xavier Abrantes Diniz Centro Universitário Santa Maria
  • Maria Beatriz Cruz Macedo Centro Universitário Santa Maria
  • Fernando Buzeti Garcia Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
  • Ana Luiza Silva Teixeira Universidade de Gurupi
  • Isabela Cristina Perini Naves Universidade de Gurupi
  • Luis Eduardo Soares Botelho Universidade de Gurupi

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v14i2.218

Palavras-chave:

Automedicação, Idoso, Revisão

Resumo

A população idosa vem crescendo demasiadamente e, apesar dos esforços em oferecer qualidade de vida, este grupo é vulnerável, sendo os que mais utilizam os serviços de saúde, como também são os que consomem medicamentos sem prescrição em maior quantidade, tendo em vista que são mais propícios a doenças do que outras faixas etárias. Com isso tornam-se mais suscetíveis à automedicação, sendo mais vulneráveis a ocorrência de efeitos adversos, como alergias, intoxicações, bem como o retardo de diagnósticos e mascaramento de resultados. Com base nisso, o presente trabalho tem como finalidade discutir sobre os fatores associados à automedicação e os potenciais efeitos adversos atrelados a prática. Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, com abordagem qualitativa com caráter exploratório, a busca de material foi realizada nas bases de dados da SciELO e PubMed, foram utilizados os seguintes termos (palavras-chaves e delimitadores) “automedicação AND idosos”. Alguns estudos mostraram que a automedicação é influenciada por vários fatores, incluindo idade, sexo, nível de escolaridade, estado civil, situação socioeconômica, cobertura de plano de saúde, local de residência e disponibilidade de medicamentos para os indivíduos. E a alta prevalência de automedicação idosos pode mascarar os sintomas de uma doença grave, podendo levar a complicações graves, como maiores gastos com a saúde ou até levar a morte. Além disso, medicamentos inapropriados, dosagem inadequada, intervalos de dose incorretos, desconhecimento das precauções ou contraindicações e condições relacionadas podem levar a interações medicamentosas, intoxicação medicamentosa e dependência. Embora seja difícil monitorar a prática da automedicação, intervenções como a divulgação de informações sobre possíveis problemas na automedicação seriam úteis. A ênfase deve ser dada também a um maior acesso de atendimento de qualidade para os idosos e torná-lo uma prioridade para os sistemas de saúde.

Referências

AYALEW, M. B. Self-medication practice in Ethiopia: a systematic review. Patient preference and adherence, p. 401-413, 2017.

BARROSO, R.; TELLES FILHO, P. C. P.; PINHEIRO, M. L. P. Automedicação em Idosos de Estratégias de Saúde da Família, Ver enferm UFPE on line, v. 11, n. 2, p. 890, 2017

BENNADI, D. Self-medication: A current challenge. Journal of basic and clinical pharmacy, v. 5, n. 1, p. 19, 2013.

BESERRA, F. L P. R. et al. Automedicação em idosos: medidas de prevenção e controle. Revista Contexto & Saúde, v. 19, n. 37, p. 149-155, 2019.

CARDANO, M. Manual de pesquisa qualitativa. Uma contribuição da teoria da argumentação Petrópolis: Vozes, 2017.

CHOUHAN, K.; PRASAD, S. B. Self medication and their consequences: a challenge to health professional. Asian Journal of Pharmaceutical and Clinical Research, p. 314-317, 2016.

CYBULSKI, M. et al. Preferences and attitudes of older adults of Bialystok, Poland toward the use of over-the-counter drugs. Clinical interventions in aging, p. 623-632, 2018.

GUALANO, M. R. et al. Use of self-medication among adolescents: a systematic review and meta-analysis. The European Journal of Public Health, v. 25, n. 3, p. 444-450, 2015.

LIMA, M. M; ALVIM, H. G. O. Riscos da Automedicação. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v.2, n. 4, p. 212-219, 2019.

LIU, Y. et al. Factors associated with the incidence and the expenditure of self-medication among middle-aged and older adults in China: A cross-sectional study. Frontiers in Public Health, v. 11, 2023.

LOCQUET, M. et al. Adverse health events related to self-medication practices among elderly: a systematic review. Drugs & aging, v. 34, p. 359-365, 2017.

LOYOLA FILHO, A. I.; LIMA-COSTA, M. F.; UCHÔA, E. Bambuí Project: a qualitative approach to self-medication. Cadernos de saude publica, v. 20, p. 1661-1669, 2004.

MERANIUS, M. S; HAMMAR, L. M. How does the healthcare system affect medication self‐management among older adults with multimorbidity? Scandinavian Journal of Caring Sciences, v. 30, n. 1, p. 91–98, 2016.

MORTAZAVI, S. S. et al. Self-medication among the elderly in Iran: a content analysis study. BMC geriatrics, v. 17, n. 1, p. 1-12, 2017.

NAGARAJAIAH, B. H.; KISHORE, M. S.; NS, S. K.; PANCHAKSHARI, P. Prevalence and pattern of self-medication practices among population of three districts of South Karnataka. National Journal of Physiology, Pharmacy and Pharmacology, v. 6, n. 4, p. 296-300, 2016.

NETO, H. L.; DE MORAIS W. C. Contribuições epistemológicas da análise econômica em direito empresarial. LIBERTAS: Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 6, n. 1, p. 75-86, 2016.

OMS. Organização Mundial da Saúde. A OMS apoia a medicina tradicional cientificamente comprovada. 2020. Disponível em: https://www. Afro.who.int/news/who-supports-cientifically-comproved-traditional-medicine. Acesso em: 13 abr. 2023.

OMS. Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento e saúde. 2022. Disponível online: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health. Acesso em: 13 de abr de 2023.

PATIL, S. B. et al. Self-medication practice and perceptions among undergraduate medical students: a cross-sectional study. Journal of clinical and diagnostic research: JCDR, v. 8, n. 12, p. HC20, 2014.

PEREIRA, F. G. F. et al. Automedicação em idosos ativos. Rev. enferm. UFPE on line, p. 4919-4928, 2017.

POTHAL, B. et al. Analysis of ADR (Adverse Drug Reaction) in geriatric patients of a Tribal district, special reference to self-medication and traditional medicine. European Journal of Molecular & Clinical Medicine, v. 9, 2022.

RAFATI, S. et al. Prevalence of self-medication among the elderly: A systematic review and meta-analysis. Journal of Education and Health Promotion, v. 12, 2023.

REZAEI, S. et al. Socioeconomic Inequality in Self-Medication in Iran: Cross-Sectional Analyses at the National and Subnational Levels. Clinico Economics and Outcomes Research, p. 411-421, 2020.

SADIO, A. J. et al. Assessment of self-medication practices in the context of the COVID-19 outbreak in Togo. BMC public health, v. 21, n. 1, p. 1-9, 2021.

SILVA JUNIOR, D. N.; NASCIMENTO, E. G. C. Prática da automedicação entre os idosos: uma revisão integrativa da literatura. In: CONGRESSO NACIONAL DE ENVELHECIMENTO HUMANO, v. 1, 2016.

SILVA, M. G. C.; SOARES, M. C. F.; MUCCILLO-BAISCH, A. L. Self-medication in university students from the city of Rio Grande, Brazil. BMC public health, v. 12, n. 1, p. 1-7, 2012.

SOARES, C. B. et al. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, n.2, p. 335-345, 2014.

SOUSA, H. W. O.; SILVA, J. L.; NETO, M. S. A importância do profissional farmacêutico no combate à automedicação no Brasil. Revista eletrônica de farmácia, v. 5, n. 1, 2008.

VERNIZI, M. D.; SILVA, L. L. A prática de automedicação em adultos e idosos: uma revisão de literatura. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 10, n. 5, jul./dez. 2016.

Downloads

Publicado

2023-06-23

Como Citar

Calixto de Araujo, L. N., Gonçalves Batista, E., Ferreira Amaral Rolim, N. P., Câmara Pimenta, C., Diniz, J. S. X. A., Macedo, M. B. C., Garcia, F. B., Teixeira, A. L. S., Naves, I. C. P., & Botelho, L. E. S. (2023). Eventos adversos à saúde e os fatores relacionados à prática de automedicação em idosos. Revista Coopex., 14(2), 1437–1445. https://doi.org/10.61223/coopex.v14i2.218

Edição

Seção

Artigos

Categorias