Intoxicação por plantas no estado do Rio Grande do Norte, Brasil: uma abordagem descritiva, retrospectiva e quantitativa

Autores

  • Michael César Leite dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Daniel Rodrigues da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Bernadete Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Maria Alice Araújo de Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Millena de Souza Alves Universidade Federal de Campina Grande
  • Abrahão Alves de Oliveira Filho UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

DOI:

https://doi.org/10.61223/coopex.v14i2.200

Palavras-chave:

Fitoterapia, Intoxicação, Plantas medicinais

Resumo

Introdução: O uso de plantas medicinais remonta desde o início da história da humanidade, sendo utilizada por diversas civilizações ao longo da história até os dias de hoje, porém, mesmo vindo de uma origem natural, não significa ser saudável não significa ser totalmente saudáveis e seguras para o consumo, pois o uso excessivo e indiscriminado pode acarretar casos de intoxicações. Objetivo: Analisar os casos de intoxicação de plantas ocorridos no estado do Rio Grande do Norte, Brasil durante o ano de 2022 de acordo com a faixa etária dos indivíduos, o grau de escolaridade, o gênero e a evolução da intoxicação. Metodologia: Realizou-se um trabalho descritivo, retrospectivo e quantitativo. Foi efetuado um levantamento de dados fornecido pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET), encontrado no site do Ministério da Saúde sobre registros de casos de intoxicação por plantas apresentados no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil durante o ano de 2022. Resultados e discussão: Em referência aos casos de intoxicação por gênero, foi analisado que houve uma prevalência para o gênero feminino, quando comparado ao gênero masculino. No âmbito dos casos registrados por faixa etária, houve um nível considerável de casos registrados entre as faixas de 5 e 9 anos e 20 e 39 anos. Enquanto que, quando analisado em relação ao nível de escolaridade, a maior ocorrência se deu para casos classificados como Ign/branco, seguido por pessoas com ensino médio completo. Por fim, a respeito dos dados sobre casos de intoxicação por grau de evolução, seu maior registro se deu por cura sem sequela. Conclusão: Conclui-se que foi registrado uma quantidade de casos de intoxicação por plantas consideravelmente baixa em comparação à população estadual, demonstrando um aspecto positivo em relação a um reduzido nível de casos de intoxicação por plantas. Entretanto, ainda se faz necessários mais estudos para evidenciar a importância de pesquisas nessa área e diminuir as chances de a população ser exposta aos efeitos nocivos das plantas. 

Biografia do Autor

Michael César Leite dos Santos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Graduando em Ciências Biológicas - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Daniel Rodrigues da Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Graduando em Ciências Biológicas - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Bernadete Santos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Mestranda em Ciência e Saúde Animal - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Maria Alice Araújo de Medeiros, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Doutoranda em Ciência e Saúde Animal - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Millena de Souza Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Doutoranda em Ciência e Saúde Animal - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Abrahão Alves de Oliveira Filho, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Professor Doutor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

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Publicado

2023-06-06

Como Citar

Leite dos Santos, M. C., Rodrigues da Silva, D., Santos, B., Araújo de Medeiros, M. A., de Souza Alves, M., & Alves de Oliveira Filho, A. (2023). Intoxicação por plantas no estado do Rio Grande do Norte, Brasil: uma abordagem descritiva, retrospectiva e quantitativa. Revista Coopex., 14(2), 1191–1201. https://doi.org/10.61223/coopex.v14i2.200

Edição

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Artigos

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