Depressão pós-parto: A importância do Programa Saúde da Família

Resumo

A gravidez e a maternidade são configuradas eventos importantes e de transformação na vida dos casais, que conduzem as mulheres a vulnerabilidade ao surgimento e desenvolvimento de transtornos mentais, a exemplo da depressão pós-parto. É também, no período puerperal que o cuidado acaba sendo mais voltado para o recém-nascido, deixando a mulher em segundo plano, fazendo com que esse déficit de cuidado aumente a vulnerabilidade para entrar em sofrimento mental. Diante o exposto, o proposto no estudo foi relatar a importância da equipe de atenção primária no processo de detecção precoce da depressão pós-parto. Trata-se de um estudo de revisão integrativa, de cunho descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado a partir de artigos nas bases de dados: PUBMED, LILACS e SCIELO, foram selecionados 08 artigos que tinham afinidade com os objetivos da pesquisa. Todos estavam no idioma em língua portuguesa e, publicados entre os anos 2018 a 2022. Verificou-se que os Programas Saúde da Família, em grande parte não existem capacitação para os profissionais relacionados a temática, impactando negativamente nos atendimentos e nas estratégias que podem ser propostas para enfrentamento dessa patologia de alta prevalência entre as mulheres. Falta assessoramento por parte dos municípios para auxiliar os profissionais de enfermagem para lidar com essas mulheres e propor um atendimento mais qualificado.  Conclui-se a necessidade de identificação precoce e estratégias a partir de escuta ativa e qualificada, não apenas em atendimento mecanicistas durante o pré-natal, baseado em orientações sobre exames, a participação ativa nas consultas de pré-natal, cuidados com o bebê após o nascimento, mas que promovam momentos de interação profissional–paciente, ouvindo seus medos, anseios e dificuldades apresentadas, ou seja, conheça um pouco da história familiar, principalmente aquelas que são propícia ao desencadeamento da depressão pós-parto.