Paralisia facial unilateral em cão induzida por neospora caninum: relato de caso

Resumo

Episódios de paralisia facial são quadros desafiadores na clínica médica de pequenos animais, sobretudo quando se trata da determinação da causa base, fato este que é primordial para definição do prognóstico do paciente e determinação do protocolo terapêutico. Uma abordagem que pode ser adotada é munir-se dos dados epidemiológicos da região em que o animal está inserido e atrelar estes dados a história clínica do paciente, para que se possa ter um ponto de partida para iniciar a avaliação física e determinar qual ramo nervoso está sendo acometido, e posteriormente possa ser estabelecido os melhores exames laboratoriais que permitem conduzir o diagnóstico da enfermidade, por meio dos sinais sistêmicos que possam estar sendo expressor ou não, e que por sua vez, permita a definição de um protocolo terapêutico assertivo. O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um cão, macho, 3 anos e 2 meses, raça Labrador, que deu entrada para atendimento com queixa principal de paralisia facial. Na inspeção era visível a alteração que o paciente apresentava, durante a anamnese coletou-se o dado que o paciente tinha contato com fazenda, durante a abordagem física todos os parâmetros encontravam-se dentro da normalidade. A princípio foi solicitado um hemograma que não apresentou alterações significativas. Com base no histórico e sintomatologia clinica foi solicitado o teste PCR para detecção do material genético do Neospora caninum, com o resultado do exame positivo foi possível estabelecer um prognóstico e definir o tratamento do animal, o qual apresentou resultados satisfatórios, visto que o animal apresentou melhora da sintomatologia clínica.